O que é Banco de Dados?
Tempo de leitura: 4 minutosSe você é um administrador de banco de dados já teve que responder essa pergunta algumas vezes e, mais do que definir as atividades realizadas, explicar a necessidade da função e conceitos relacionados a mesma.
É simples e a simplicidade me traiu quando ao explicar para uma criança de 10 anos eu falhei. Então, esse post é para você filho, curiosos e iniciantes na carreira de tecnologia.
Banco de dados
Nota-se que a palavra ‘banco’ é utilizada em diversos contextos e estes atribuem a sua real aplicabilidade. Temos o banco de sangue, banco financeiro, banco de réus, banco de areia e aquele simples banco que utilizamos para sentar, onde sabemos exatamente o significado de cada um.
O mesmo não acontece quando falamos de banco de dados e é comum existir uma comparação com o Bradesco, Itaú ou Santander (entre outros). Esses bancos fornecem serviços relacionados a administração do seu rico dinheirinho e se caracterizam por suas transações financeiras. Mas já que existe essa dúvida, vamos entender melhor a diferença entre eles.
Se não são iguais, qual a relação?
AMBOS GUARDAM E ENTREGAM VALORES COM OS QUAIS NOS PREOCUPAMOS!
Inicialmente, entenda da seguinte forma:
Para exemplificar, vamos utilizar o jogo Banco Imobiliário.
Nele, os jogadores compram propriedades e pagam o valor ao banco ou, caso parem em uma propriedade que já foi comprada, pagam taxas ao dono do título. O banco administra todo o dinheiro e intermedia as ações entre jogadores. Se você já jogou em algum momento deve ter brigado para ser o banco. Aplicando ao nosso contexto, seria como você brigar para ser o Itaú ou qualquer outra instituição financeira!
Agora, imagine que temos 5 jogadores:
Todos os jogadores começam com a mesma quantia em espécie, distribuída pela Jana:
Há no jogo 28 títulos de propriedades, enumerados, precificados e distribuídos em grupos de cores. As companhias não têm cor atribuída, então deixamos em branco:
O objetivo do jogo é acumular o maior volume de riquezas e levar os outros jogares a falência. Lembrando que o banco sempre paga R$ 200,00 para cada jogador que passar pela casa ‘Início’.
Após algumas rodadas Lourival reclama que o banco não pagou os R$ 200,00 devidos e exige o pagamento. Acontece que o banco não fez nenhuma anotação e não lembra se foi pago. Sendo assim, depois de muita briga, Jana paga os R$ 200,00 a Lourival.
Chateada com o ocorrido, ela pega uma caderneta e começa a anotar cada uma das jogadas. Para cada transação ela inclui uma linha, registrando o jogador, número tirado nos dados, casa em que ele parou, ação realizada e situação:
Para facilitar ainda mais, ela incluiu em sua caderneta as tabelas com todos os jogadores, valor recebido inicialmente e propriedades. Agora com as quatro tabelas registradas ela consegue ver, por exemplo, que Francis é o jogador número 3, tem R$ 2.078,00 e dois títulos de propriedade.
Observe que Jana gravou os dados em um local que ela julgou seguro e que está disponível sempre que ela precisar consultar.
Lembra que eu disse que um banco de dados guarda e entrega valor com o qual nos preocupamos? Jana transformou a caderneta em um banco de dados! Ela guardou os registros de cada jogada e com isso obtém informações sobre a partida.
Isso é viável por se tratar de um jogo, mas imagine o Itaú, Bradesco e Santander gravando todos os dados e transações dos clientes em folhas de papel. Seria uma loucura, concorda?
Com a modernização da tecnologia e crescente volume de informações, o gerenciamento dos dados se tornou vital para empresas de todos os segmentos. Bancos de dados existem desde meados de 1951, mas era preciso mais do que armazenar e consultar o conteúdo. Assim surgiram os Sistemas Gerenciadores de Bancos de Dados (SGDBs), com um conjunto de requisitos funcionais para administrar nossa base.
Ou seja, além de precisar de uma caderneta, precisamos também de um sistema que nos permita criá-la, gerenciar as informações que serão gravadas, garantir segurança, integridade e disponibilidade dos dados contidos nela.
E podemos ter uma caderneta de uma marca específica como Tilibra, Faroni ou Faber-Castell. Cada marca pode criar cadernetas com características semelhantes (capa, folhas, pauta) e alguns diferenciais (capa dura, adesivos, espiral), mais baratas ou mais caras, dependendo da qualidade do produto.
Para um SGDB não é diferente! 🙂
Os mais utilizados são SQL Server (você vai ver bastante conteúdo sobre esse aqui), Oracle, MySQL e MongoDB. Eles oferecem recursos indispensáveis para qualquer cenário e fazem com que o acesso a informação seja rápido e fácil.
Para saber qual escolher e preciso compreender as necessidades da empresa e o valor que pretendem investir.
É isso pessoal! 🙂
Esse foi o primeiro post de uma nova série do Blog.
Caso tenha alguma observação ou dúvida, só entrar em contato!
Até breve!
Comentários: 1
Ótima explicação! Adorei!